Ablação de tireoide
Quais condições da tireoide são tratadas com a ablação?

A ablação é usada para tratar nódulos tireoidianos tóxicos e alguns casos de câncer de tireoide.
A ablação da tireoide, mais comumente realizada através da ablação por radioiodo, é um tratamento destinado a condições da tireoide que incluem o hipertireoidismo, em que a glândula está hiperativa e produz hormônios tireoidianos em excesso. Este procedimento é frequentemente escolhido para pacientes com doença de Graves, que é a causa mais comum de hipertireoidismo. A ablação por radioiodo serve para destruir as células produtoras de hormônio, visando retornar os níveis hormonais a uma faixa normal.
Outra condição tratada com a ablação da tireoide é o nódulo tireoidiano hiperfuncionante, também conhecido como "nódulo quente" ou "adenoma tóxico". Estes nódulos são áreas de tecido tireoidiano que se tornam autônomas, produzindo hormônios em excesso independente da regulação normal do corpo. A ablação é utilizada para desativar esses nódulos sem a necessidade de cirurgia convencional.
A ablação também desempenha um papel no tratamento de certos tipos de câncer de tireoide, particularmente após a cirurgia para remover a glândula tireoide, conhecida como tireoidectomia. Neste contexto, a ablação por radioiodo é usada para eliminar os restos microscópicos de tecido tireoidiano cancerígeno que podem ter permanecido após a cirurgia, ou para tratar o câncer de tireoide que se espalhou para outras partes do corpo.
É importante que a decisão de prosseguir com a ablação da tireoide seja tomada após uma avaliação cuidadosa por um endocrinologista, que levará em consideração a condição específica da tireoide, a saúde geral do paciente e outras opções de tratamento disponíveis. A ablação é geralmente segura e eficaz, mas como qualquer procedimento médico, pode envolver riscos e efeitos colaterais que devem ser discutidos antes do tratamento. Pacientes devem ser monitorados regularmente após a ablação para avaliar a resposta ao tratamento e ajustar a terapia de reposição hormonal, se necessário.
Qual é o risco de fazer uma ablação?
A ablação, particularmente a ablação por radioiodo utilizada em tratamentos da tireoide, é considerada um procedimento seguro, mas como qualquer intervenção médica, carrega riscos. Os efeitos colaterais imediatos podem incluir náusea, inchaço no pescoço, dor e uma sensação de sabor metálico na boca. Essas reações são geralmente temporárias e podem ser administradas com medicação apropriada ou resolvem-se por conta própria.
A longo prazo, um dos riscos mais significativos da ablação por radioiodo é o desenvolvimento de hipotireoidismo, onde a tireoide se torna menos ativa do que o normal, exigindo terapia de reposição hormonal por toda a vida. Também há uma pequena possibilidade de efeitos na fertilidade e um risco muito baixo de efeitos sobre a função de outros órgãos, como as glândulas salivares e o sistema reprodutivo.
Antes de se submeter à ablação, é essencial que os pacientes discutam todos os potenciais riscos e benefícios com seu médico. A avaliação dos riscos é personalizada e baseada em fatores individuais, como a condição de saúde do paciente, a natureza da doença da tireoide e a presença de outras condições médicas. Os profissionais de saúde monitoram os pacientes de perto após o procedimento para gerenciar quaisquer complicações e ajustar os tratamentos conforme necessário.
Quanto tempo dura uma ablação?
A duração de uma ablação por radioiodo, um tratamento comum para condições da tireoide, é relativamente curta em termos do procedimento em si. O paciente recebe radioiodo, geralmente em forma de cápsula oral, e o processo de ingestão é rápido. Não há necessidade de internação prolongada, e o paciente pode normalmente ir para casa no mesmo dia do tratamento. A administração do radioiodo é um evento único na maioria dos casos.
No entanto, o radioiodo leva tempo para atuar no corpo, e o processo de ablação é gradual. Os efeitos terapêuticos começam a ocorrer nos dias seguintes, com o pico de ação do tratamento frequentemente acontecendo algumas semanas após a ingestão. Durante este período, o corpo absorve gradualmente o iodo radioativo, e as células da tireoide hiperativas são destruídas, levando a uma redução na produção de hormônios tireoidianos.
A eficácia da ablação é geralmente avaliada algumas semanas a meses após o procedimento, através de exames de sangue para medir os níveis hormonais e, se necessário, imagens da tireoide. Embora o tratamento com radioiodo seja concluído rapidamente, o monitoramento contínuo é crucial para avaliar a resposta ao tratamento e para determinar se a função tireoidiana normalizou ou se é necessário tratamento adicional, como a terapia de reposição hormonal no caso de hipotireoidismo induzido pela ablação.












